O PORTAL DA MEMÓRIA VIGIENSE

OS ANOS 1900 iniciaram com mudanças no cenário político e em outros setores. Em 1926, o intendente Henrique Palha realiza a viagem inaugural, de carro, pela nova estrada de Vigia até a Vila de Santa Izabel, uma nova rota dos vigienses para Belém, através dos caminhões pau-de-arara e a ferrovia Belém-Bragança. Antes, essa viagem era feita só por água, com serviço de canoas freteiras e lanchas a vapor. O comércio vigiense teve considerável crescimento, principalmen-te no setor de tecidos, materiais para pesca e sal, assim como na in-dústria, com fábrica de sabão, estaleiros e olarias. A partir da década de 30, há maior engajamento de mulheres na Educação, no Esporte, na Legislatura e na Prefeitura, com as eleições da primeira vereadora, Haidee de Almeida, e da primeira prefeita, Rose Blanche. As disputas políticas da era baratista mobilizavam o parti-darismo local, com constantes visitas do interventor Magalhães Barata à cidade. Por essa época também cresce o número de clubes sociais e esportivos, que promovem nos salões de suas sedes e nas residências dos diretores saraus dançantes e bailes carnavalescos. Com a emancipação de algumas vilas, Vigia perde parte do terri-tório, mas ganha cinemas, farmácias, escolas, bandas de música, novos serviços de comunicação telegráfica, impressa e sonora, trapiche, mercado, Comarca de Justiça, delegacia, banco, posto de Saúde, ur-banização, além de se destacar pelos principais traços culturais: pesca, religiosidade, folguedos tradicionais, carimbó e carnaval de rua.