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Fundações e Colonização

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Vigia  na possível rota do descobrimento do Brasil em 1498 por Duarte Pacheco  

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Na imagem, a primeira pagina do Esmeraldo de Situ Orbis.

Ilustração da chegada dos portugueses na Vigia.

O planisfério de Cantino de 1502 é uma das mais antigas cartas náuticas que representam os descobrimentos marítimos portugueses.

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Mapa do Brasil em 1612. Descreve a costa até a foz do rio da Prata. Detalha a hidrografia e mostra o hábito de canibalismo dos povos nativos.

Autor: Petrus  Bertius    Ano: 1612
Acervo: Biblioteca Nacional

Gravura de Francisco Caldeira Castelo Branco 

Chegada de Castelo Branco em terras paraenses

Gravura da chegada de Francisco Caldeira Castelo Branco na cidade de Belém. 

OS PRIMEIROS REGISTROS da presença de europeus no norte do Brasil são conhecidos através da expedição do navegador português Duarte Pacheco Pereira, em 1498, que produziu o documento intitulado Esmeraldo de Situ Orbis, encontrado na cidade de Évora, Portugal. No início do século XVII essa região recebeu investidas de outras nações europeias, como França, Holanda e Inglaterra.

        A expedição francesa que fundou São Luís do Maranhão, em 1612, despertou a reação de Portugal em proteger a costa e os grandes rios. No final de 1615, a esquadra portuguesa de Francisco Caldeira Castelo Branco parte para a Amazônia, costeando do Maranhão ao Pará, com objetivo de fortificar a Foz do Rio Amazonas e expulsar os franceses, ocupando as terras do norte, fazendo contato com nativos no percurso até a Baía de Guajará, onde se instalou o forte que deu origem à cidade de Belém, em 12 de janeiro de 1616. 

     A possibilidade da passagem da comitiva pelo território de Vigia, defendida por alguns escritores locais, levou o Município a adotar o ano de 1616 para simbolizar a sua "fundação", comemorada em 06 de janeiro. 

      Através de documentos e o Livro de contas do Provedor-mor do Maranhão encontrados na Torre de Tombo em Portugal, está lavrado que a capitania do Pará estava sediada em Belém desde 1617 e subordinada ao provedor-mor do Maranhão, tal e qual como as Piauí, Rio Negro (depois Amazonas), Ceará, Itapicuru, Icatu, Mearim, Tapuitapera, Caeté, Vigia, Gurupá, Joanes (Ilha de Marajó), Cametá, Cabo Norte e Xingu.  
    Com a divisão do governo-geral em 1652 em duas provedorias e capitanias do Maranhão e Pará passa-se a um novo estatudo de provedorias-mores, esta nova distribuição só se manteria até 1655, altura em que volta a existir uma só provedoria-mor para estas capitanias.

    Em 1621, D. Filipe II de Portugal instituí o Estado do Maranhão, contudo esta só viria a ocorrer em 1626. Os vários movimentos e tentativas dos holandeses invadirem a região reforçaram a medida de tornar a vila de São Luís como sede da capitania do Maranhão e aumentando a sua importância quando sede do novo estado, mas sempre subordinada diretamente de Lisboa.
    Neste contexto a provedoria da Fazenda Real do Maranhão terá sido criada após a expulsão dos franceses, contudo só em 1624 passaria a ser uma provedoria-mor. A jurisdição da Provedoria-mor do Maranhão ia desde o Piauí até o Amazonas, com 15 capitanias, a saber: Piauí, Maranhão, Pará, Rio Negro (depois Amazonas), Ceará, Itapicuru, Icatu, Mearim, Tapuitapera, Caeté, Vigia, Gurupá, Joanes (Ilha de Marajó), Cametá, Cabo Norte e Xingu.

   Então desde o ano de 1617 o nome Vigia já é citado, derrubando a lógica de que Jorge Gomes Àlamo teria dado o nome de Vigia ao local.
   Com a divisão do governo-geral em 1652 em duas provedorias e capitanias do Maranhão e Pará passa-se a um novo estatuto de provedorias-mores, esta nova distribuição só se manteria até 1655, altura em que volta a existir uma só provedoria-mor para estas capitanias.

   Pesquisas mais recentes revelam fontes primárias de arquivos portugueses que apontam a colonização de fato e formação do povo vigiense a partir de 1652, com a chegada de Jorge Gomes de Álamo.  

Como se deu o início da colonização em Vigia

   O português Jorge Gomes de Álamo, natural de Lisboa e cavaleiro da Ordem de Cristo. Mediante solicitação, ele recebeu em 10 de outubro de 1652 a doação de oito léguas de terras, concedida pelo Rei D. João IV, para formar o povoado que recebeu o nome de Vigia, onde implantou um engenho, localizado entre os rios Tapepoca e Mojuim (atual São Caetano de Odivelas), para a produção de açúcar e derivados; promoveu a organização administrativa e construiu uma igreja de taipa, na qual se propagou o culto nazareno. Para garantir o povoamento, o donatário obteve permissão de importar indígenas para servir à comunidade. Outra parte da população introduzida foi de imigrantes das ilhas de Portugal, negros africanos escravizados e missionários religiosos. 

      Jorge de Álamo também fez investimento em mineração de ouro e busca por pérolas, no Maranhão; porém, os negócios não deram retorno, assim como era baixa a produtividade canavieira, devido ao tipo não favorável de solo, levando-o à falência. Em 16 de março de 1685 ele devolveu à Coroa as terras da Vigia, que já contava com sistema administrativo e Câmara de Vereadores. Após passar por nova medição territorial, o povoado foi elevado em 1693 à categoria de Vila, sob a nomeação de Nossa Senhora de Nazareth da Vigia.

    Em 1693, quando o povoado foi oficialmente elevado, passou à denominação de Vila de Nossa Senhora de Nazareth da Vigia.    

       Em 02 de outubro de 1854, tornou-se cidade, simplificando o nome para Vigia.     

       No ano 2000 houve um plebiscito local para a renomeação como Vigia de Nazaré.​

Uma folha das oito páginas do documento encontrado na Biblioteca de Tombo em Portugal, referente a colonização de Jorge Gomes Álamo.

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Ilustração do primeiro engenho de cana-de-açúcar movido por tração animal, erguido por Jorge Gomes Álamo na Vigia. 

​Fontes: Inventário das Capitanias do Brasil – L 524; 9 liv. Arquivo Nacional da Torre do Tombo; Lisboa.

HISTÓRIA CUSTODIAL E ARQUIVÍSTICA   

Estes livros, bem como os demais documentos dos almoxarifes, foram produzidos na ou pela provedoria do Maranhão, e depois reunidos na Contadoria-geral da Junta da Administração e Arrecadação da Real Fazenda da capitania do Maranhão, onde eram vistos e examinados em conta corrente, juntamente com os demais documentos da receita e despesa, para apuramento dos totais anuais e por tempo de serviço (triénios). Posteriormente terá sido enviada para a Contadoria Geral em Lisboa. Este era o procedimento normal para controlo dos responsáveis pela arrecadação da fazenda. Esta documentação deu entrada nas instalações do antigo Mosteiro de São Bento e aí permaneceu até 1990, altura em que foi transferida para as actuais instalações do Arquivo Nacional da Torre do Tombo na Alameda da Universidade em Lisboa. ​​

 

ÂMBITO E CONTEÚDO   

Os traslados são referentes aos livros da receita e despesa, contas ou resumo da receita e despesa, cuja responsabilidade era dos almoxarifes da fazenda real no Maranhão.     Os termos de encerramentos no final dos registos do livros eram feitos na cidade de São Luís do Maranhão na Casa dos Contos e na presença do provedor da fazenda real, ou outro por impedimento e do contador, confirmando a conferência dos movimentos das receitas e despesas do almoxarife bem como os montantes existente em cofre. Deste termo ressalva-se a informação da ordem dada pelo provedor ao escrivão, em conformidade com as reais ordens, para trasladar estas contas correntes para serem remetidas ao Real Erário com os próprios verbais da despesa. Assinam estes termos os intervenientes.     Os traslados são autenticados pelo próprio escrivão da Casa dos Contos da Real Fazenda do Maranhão.

C U R I O S I D A D E

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A CRUZ DA ORDEM DE CRISTO, símbolo sempre presente nas caravelas portugue-sas e vestimentas dos membros dessa instituição criada no século XIV, como sucessora em Portugal da extinta Ordem dos Calaveiros Templários. Tinha caráter religioso e militar, responsável pelo financiamento das expedições lusitanas.

Rua Josino Cardoso, 156

Bairro: Centro - Vigia, PA

CEP: 68.780-000

E-mail: vigiapara400@gmail.com

 

 

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© Coordenação WILTON ALMEIDA

Orgulhosamente Vigiense

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