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Povo Originário

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A HISTÓRIA oficial do Brasil, de modo geral, foi documentada por não-indígenas, dando aos nativos uma posição subjulgada. Embora sempre presentes e de grande importância na formação do país, os povos originários aparecem apenas nos primeiros capítulos da colonização, na condição de cativos, guias do mato, remeiros, trabalhando nos engenhos e como aliados de guerra contra invasores ou grupos rebeldes. 

     Vários redutos e etnias indígenas estiveram presentes nas terras da Vigia, como Tucanos, Maragueses e, principalmente, Tupinambás, levando em conta achados arqueológicos ocasionais em comunidades com nomes de origem tupi. A tradição oral referencia a Aldeia dos Uruitá, cujo líder ou cacique chamava-se Tauaparanaçu.

       Jorge de Álamo e a elite colonial exploraram os indígenas nas lavouras, na produção de açúcar e nas construções. A campanha que visava o aumento populacional recomendava o casamento de colonos com os nativos. Em 1705, a Câmara solicitou ao Rei recursos para financiar uma tropa de resgate, a fim de entrar nas aldeias e descer na Vigia 200 casais de indígenas, para servir à comunidade. Até meados do século XVIII, a mão-de-obra escravizada mais utilizada era indígena, apesar de já haver a importação de negros africanos.

Johann Moritz Rugendas, 1835. Representação de indígenas lutando contra a tentativa de escravização pelos colonizadores.

Embarcação com remeiros indígenas. Gravura de W. Smyth e F. Lowe, 1836

Heranças Culturais dos Tupinambá 

 TERMO tupi-guarani. Significado: descendentes do primeiro homem. 

      Este grupo habitava praticamente todo o litoral brasileiro. Viviam em aldeias bem estruturadas e fortificadas, além de boas habilidades artesanais e em guerra. No processo colonial, muitas comunidades foram dizimadas ou se dissolveram por fugas e mortes, surgindo bandos seminômades. Ainda assim, conseguiram preservar muitos aspectos de suas tradições, como forma de resistência cultural.

     Vigia mantém diversos legados do povo originário, como as igrejas históricas ainda de pé, erguidas à custa do serviço braçal indígena. Os sinais da miscigenação presentes na população e as práticas culturais do cotidiano também remetem aos antepassados. Também herdamos crendices, lendas e medicina popular. Localidades rurais e rios da região ainda preservam nomes de origem Tupi: Itapuá, Guajará, Tauapará, Juçaratuea, Meratauá, Meraponga, Itereua, Ubintuba, Jenipaúba, Candeuba, Uxiteua, Anauerá, entre outros.

C U R I O S I D A D E

Rituais Antropofágicos

UMA PRÁTICA curiosa dos Tupinambá antigos era o hábito de comer carne humana. Visto como canibalismo pelos colonizadores, a antropofagia para esses indígenas tinha sentido ritualístico; acreditavam que ao comer a carne de um inimigo, além de honrá-lo, absorveriam sua força, coragem e inteligência.

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Ilustração segundo Hans Staden

   Fontes consultadas:
 
- ALMEIDA, Wilkler. Tauapará. Ed. Independente, Vigia, 2005
- CORDEIRO, Paulo. História da Vigia - economia, escravidão e 
  elite agrária. Belém: Ed. Cabana, 2022.
- HENRIQUE, Márcio Couto. Índios da Amazônia do Século XIX.
   Ed. Estudos Amazônia, Belém, 2012.
- ILDONE, José. Noções de História da Vigia. Belém: Cejup,1991. 
- RAIOL, Domingos Antonio. Motins Políticos. Belém: UFPA, 1970.

Rua Josino Cardoso, 156

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CEP: 68.780-000

E-mail: vigiapara400@gmail.com

 

 

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© Coordenação WILTON ALMEIDA

Orgulhosamente Vigiense

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