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Miscigenação na Vigia




A miscigenação do Brasil foi tema de estudo de vários pensadores e até hoje esta questão é debatida pelos movimentos negro e indígena.Durante a maior parte da história brasileira, notamos que a miscigenação ocorre pela via masculina. O branco europeu tinha filhos com a indígena e a negra. Isso reflete o poder do homem na sociedade colonial. Uma curiosidade é que na segunda metade do século XIX, parte da elite brasileira se perguntava sobre os motivos do atraso brasileiro em relação aos outros países. Uma das ideias mais difundidas, especialmente pelo Positivismo, era que a mestiçagem não era algo bom. Assim, começa-se o processo de branqueamento da população, com a vinda de vários imigrantes europeus para trabalhar nas fazendas de café. Parte da elite acreditava que os brancos se uniriam com os negros e estes desapareceriam do território nacional.

A Redenção de Cam (1895), Modesto Broco (Museu Nacional de Belas-Artes, Rio de Janeiro). A pintura expressa que os negros no Brasil desapareceriam em três gerações.
A miscigenação do vigiense é bastante evidente e intensa, principalmente devido à presença de diferentes etnias que colonizaram e residiram na região, como europeus, africanos e indígenas, que já habitavam a Vigia antes da chegada dos portugueses. Com a chegada de Jorge Gomes dos Álamos, se intensificou essa mistura com a chegada de negros trazidos da África, formando uma raça nova a partir daí.
Aliás, o processo de miscigenação na Vigia começou a partir do século XVII, com a chegada dos portugueses em terras vigienses. É graças ao fenômeno da miscigenação que Vigia é conhecida por sua diversidade cultural, pois o povo, formado por tantas misturas, preserva a herança de vários grupos étnicos diferentes, tornando nossa cultura sem igual.
Os portugueses, que eram brancos, tiveram filhos com índias e negras. Por sua vez, os negros também se uniram com indígenas.
Os filhos nascidos dessa união foram classificados pelo tom da pele como mulatos, cafuzos e caboclos. Cada uma dessas uniões, posteriormente, receberiam outros nomes.
Pelos traços você reconhece a etnia do vigiense, olhos apertados vem dos índios, os pardos maioria da mistura entre brancos e negros. Também em meados do século XIX os holandeses estabeleceram pequenos sítios na região das Barretas e Itapuá, principalmente da família Beckman onde boa parte dessas localidade tem a pele branca e cabelos ruivos. Já no século XXI chegaram os asiáticos, japoneses que focaram na agricultura, principalmente no interior, onde seus descendentes diretos ainda mantém sítios e granjas. Últimamente chineses começaram a frequentar a região fixando morada, influenciados pelo comércio de grudes de pescados, valioso produto adquirido em abundância em Vigia e exportado para China, onde tem várias ultilidades, da alimentação a botões de roupas.